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Acadêmicos e professores de jornalismo vão a BH para o Intercom Nacional

Atualizado: 8 de nov. de 2023

Cinco alunos e seis professores de jornalismo representarão a Unemat no evento.


Os acadêmicos autores dos artigos a serem apresentados no Intercom Jr. Da esquerda para a direita: Rian Bispo, Victor Hugo, Maria Heloisa, Julia Ribeiro, Maria Tereza e Séfora Machado.

Entre os dias 05 e 08 de setembro será realizada a etapa presencial do Intercom Júnior 2023 na PUC Minas, em Belo Horizonte. Quem também está de olho nestas datas são as acadêmicas de jornalismo Maria Tereza Cunha e Séfora Machado, autoras do artigo Boas práticas de cobertura feminista sobre aborto no Brasil: uma análise de produções jornalísticas à luz da cartilha pela campanha Nem Presa Nem Morta e pelo Portal Catarinas a ser apresentado ainda no dia 05.


Interessada em pautas com abordagem de gênero, Maria Tereza conta que o gatilho que a fez querer apresentar um projeto no Intercom Jr foi a sua experiência no Intercom Centro-Oeste, ocorrido em maio, em Campo Grande. “Eu fui e me apaixonei pela experiência de visitar um evento com pessoas que fazem o que você quer fazer para a vida toda, que estão no mesmo nível que você”, relembra.


Além de Maria Tereza e Séfora, mais acadêmicos do curso também exporão artigos na mostra. Maria Heloisa Oliveira, no dia 05, apresenta Quando o gênero faz diferença: a abordagem midiática dos casos Daniel Alves e Sandra Mara Fernandes – escrito com a também acadêmica do curso Julia Ribeiro, que não poderá ir à apresentação –, e a dupla Rian Bispo e Victor Hugo do Nascimento, no dia 06, expõe Hábitos de consumo radiofônico pela comunidade acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat.


Maria Heloísa, que já tinha feito um trabalho sobre a repercussão do caso Sandra Mara Fernandes, decidiu pôr na balança o modo como a imprensa trata um homem e uma mulher nas manchetes. Para isso, analisou como sites de notícia se comportaram com os escândalos de Sandra Mara e de Daniel Alves. “Teve um [site] que quis justificar o erro dele [Daniel Alves] e de outros jogadores com questões sociais: eram meninos pobres que, de repente, com a ascensão da fama, ficaram com a ilusão de que poderiam ter tudo e, por conta disso, estupraram mulheres”, ela reflete. “Tipo assim, a culpa é da sociedade, não é deles...” Julia também levanta questões quando reflete sobre os objetos de comparação do artigo. “Será que tem uma subjetividade nas palavras, nas imagens que são escolhidas? Será que a vítima é realmente vista como vítima?” E conclui: “Produzir um conteúdo científico com esse tema que é muito pesado, principalmente no Brasil, é buscar abrir o olhar das pessoas.”


Seguindo na mesma via, embora com outra abordagem, Maria Tereza conta que a inspiração para falar sobre como o aborto é noticiado na imprensa veio depois de um minicurso que fez ainda no Intercom Centro-Oeste. “Abriu meu horizonte e eu pensei: cara, eu quero muito falar sobre esse tema”, confessa. Séfora confirma a harmonia de ideias com a colega. “A gente pensou em algo que a gente gostasse de falar que a gente vem estudando.”


Para Victor Hugo e Rian, o caminho também começou no Intercom Centro-Oeste quando apresentaram o resumo expandido do trabalho que, agora, finalizado, apresentam em Belo Horizonte. “A nossa professora orientadora, Roscéli, deu um certo start pra gente sobre a nossa universidade não ter nenhuma rádio, não ter nenhuma produção dentro dela. Foi daí que a gente se animou pra criar o nosso trabalho”, comenta Victor Hugo. Rian confirma a expectativa e revela o orgulho por levar uma universidade pública mato-grossense para a mostra. “A gente conseguiu mandar 4 trabalhos esse ano, foi a mesma quantidade que a UFMT, então a gente está juntinho com a UF representando Mato Grosso”, finaliza.


Debates e minicursos


A presença dos professores de jornalismo no evento também é aguardada. No dia 05, a professora Amanda Noleto mediará a quarta sessão de debates intitulada Mulheres: política, sociabilidades e representatividade. Lilian Martins e Felipe Collar também coordenarão e debaterão juntos a segunda sessão do dia 05, Feminismos e questões de gênero no jornalismo, onde Maria Heloisa e a dupla Maria Tereza e Séfora apresentarão seus artigos já citados.


Depois, Felipe retorna no dia 07 para dar o minicurso Desobediências transmetodologicas: artesanias e aproximações entre os sujeitos(as) pesquisadores e os sujeitos(as) coparticipantes da pesquisa com outros dois pesquisadores. Eveline Baptistella e Danielle Tavares também ministrarão Roteiro audiovisual para Jornalismo Ambiental no mesmo dia.


No Grupo de Pesquisa de Rádio e Mídia Sonora, a professora Roscéli Kochhann apresenta A palavra, a voz e a locução radiofônica como elementos de interação: apontamentos para um olhar metodológico, além de Estudos de podcasting: panorama da pesquisa em teses e dissertações brasileiras (2004-2023), tudo no dia 6. No Grupo de Pesquisa de Teorias do Jornalismo, Lilian retorna com Assunção da subjetividade na reportagem de Antonio Callado sobre o método Paulo Freire: a prática discursiva não-objetiva para engajamento do leitor no dia 07, encerrando a participação dos professores da Unemat no evento.


Apoio e vaquinha


Sem a possibilidade de usar de novo o ônibus universitário, que só pode dedicar uma viagem por ano a cada curso, os integrantes da comitiva unematiana em Belo Horizonte, desta vez, vão depender do próprio bolso. E vale tudo para conseguir ir. Maria Tereza, por exemplo, lançou uma vaquinha virtual para ajudar nos custos da viagem. O link "Maria no Nacional" recebe doações de qualquer valor até dia 04.


 

Julian de Sousa é academico da 5ª fase de jornalismo na Unemat tangaraense.


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