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Coopertan há 18 anos trabalha a conscientização ambiental em Tangará

Atualizado: 15 de dez. de 2023

A Coopertan, Cooperativa de Material Reciclável de Tangará da Serra, atua há 18 anos no município. Sua fundação se deu em 12 de julho de 2007 e localiza-se no município de Tangará da Serra-MT. Hoje, com um total de 42 sócios cooperados, sendo 27 catadoras e 15 catadores registrados em ata. Os mesmos atuam como catadores e catadoras desde 1988, já trabalharam em dois “lixões” e um aterro sanitário e, hoje, tem sede própria, um barracão alugado.

Fachada da Coopertan. Foto: Ingrid Magalhães

Em entrevista, a senhora Silvana Regina dos Santos, de 40 anos, coordenadora de educação ambiental e cooperada há 14 anos, ccontou a história da cooperativa e me acompanhou durante todo o encejo.

“É de suma importância a Cooperativa tanto para a questão social, quanto na questão econômica para as pessoas”, ela disse. O dia a dia da cooperativa e o método de trabalho, que inicia cedo, às 07h, os caminhões recolhem esse material nas casas e transportam até a cooperativa. Ao chegar na cooperativa, todo o material passa pela esteira, onde é feita a classificação, a triagem do conteúdo, a prensagem e a comercialização. A separação na esteira, na maioria das vezes, é realizadapor mulheres que compõem grande parte da equipe. As sacolas ofertadas para a população deixadas nas residências são fabricadas através de um recurso obtido um contrato de prestação de serviço, onde uma empresa terceirizada de Cuiabá confecciona, e é entregue. Após o processo de entrega a sacola volta para empresa e é reutilizada.

A empresa teve a ideia de conscientizar a população estampando nas sacolas recicláveis panfletos explicativos, pois como relata Silvana “às vezes a gente não consegue informar toda a população e não abranger toda a cidade, então o método da gente levar essa orientação foi esse”.

No panfleto vai orientações para as pessoas sobre o que é o material reciclável, e como deve ser armazenado antes de chegar a cooperativa, mas mesmo assim existem casos frequentes da população enviar vidros e acabar machucando os cooperados. Na sacola ainda segue orientações no verso sobre os dias de coleta, horários e bairros.

Sobre conscientização ambiental, é realizado pela coopertan um trabalho nas escolas, há cerca de dois anos, o objetivo é conscientizar as crianças para que ajude os pais, na reciclagem e preservação do meio ambiente. A cooperativa viu a necessidade de orientar e informar a população e implantou esse sistema, através de palestras e ações nas ruas e bairros de Tangará da serra , além de uma musica da cooperativa, que é tocada nos caminhões. As atividades de conscientização são realizadas também nas empresas.

A cooperativa também possuía um mascote, que nunca havia sido nomeado, e foi encontrado na esteira da coleta, e era chamado pelos catadores de boneco, mas através de uma parceria entre a prefeitura municipal e a cooperativa, iniciaram um projeto de ir até uma escola municipal, a escola municipal Fausto Masson, que já trabalha conscientização com as crianças através de um projeto chamado verdinho, foi escolhido através de uma enquete entre os alunos, que e o melhor nome seria o nome do mascote, além de ganharem brindes os alunos que participassem, e foi escolhido o nome de “reciclinha” sendo o mascote da cooperativa.

Silvana também conta que todo esse processo que está ainda em fase inicial é planejado com antecedência com os responsáveis pelas escolas para organizar tempo da grade escolar, para que alunos não saiam lesados. Da mesma forma com as empresas.

Perguntei a Silvana como ela veria a cooperativa daqui a alguns anos, e ela me respondeu que eles trabalham com consciência e visam melhorar : “Precisa melhorar muito , e vejo a cooperativa se tornando uma indústria, porque não? Que possa fazer a própria sacola, que possa fazer a própria matéria prima para transformar as coisas”.

Projetos há, sempre parceria com a universidade, e sempre buscando projetos para melhoria da cooperativa, tanto equipamento, quanto melhoria do trabalho das pessoas, e parceiros , e até contando com parceria e apoio da prefeitura, com o samae, câmara municipal, e temos um apoio bem legal do poder público.Ela afirma.

Silvana se mostra um tanto quanto decepcionada ao ser questionada sobre um projeto de separação de óleo de cozinha, que existe no município, segundo ela “o plano parou na cooperativa , por que começaram a fazer o processo de coleta do óleo de cozinha mas não foi tão aderido e deveria ser uma parceria entre os grandes geradores, comunidade e a cooperativa, um exemplo os grandes restaurantes, hotéis , e pastelarias , mas o que ocorre é que esses grandes geradores, essas empresas não destinam esse óleo usado para cooperativa, visto que elas vendem esse óleo, as empresas já possuem alguém que compra esse óleo usado, e não chega a cooperativa, segundo ela infelizmente um projeto onde não conseguimos abranger toda a população e vincular fortes parcerias, só conseguimos abranger a dona de casa , o óleo que ela reutiliza e coloca no pote ou vidrinho e manda.”

A ideia inicial da reciclagem do óleo de cozinha era recolher e fazer o próprio sabão para os cooperados e ajuda na limpeza da cooperativa e talvez limpeza dos espaços públicos.

Silvana também resume a história da cooperativa, que inicialmente era em um aterro sanitário, em 2019 se mudaram para um galpão, nas imediações da linha 12 que pegou fogo , e a cooperativa teve que renascer da cinzas , onde tiveram que voltar para o aterro sanitário, mas em 2013 para 2014 surgiu uma nova lei onde não poderia ser realizado o processo de recicla em cima do aterro sanitário, nesse ponto a prefeitura municipal firmou uma parceria com a cooperativa e realizou a locação de um galpão, próximo ao batalhão da polícia militar do município , onde permaneceram até 2016, em 2016 se mudaram para um local mais afastado da cidade na proximidades do bairro Vila Esmeralda, e em 2016 conseguiram uma área e em 2017 conseguiram um documento via TAC, que construíram o primeiro barracão em 2020 no bairro alto da boa vista onde é localizada a cooperativa atualmente.

Foi construído um segundo barracão via ementa parlamentar, e esse ano 2023 está sendo construído um terceiro barracão onde será posto materiais com ferro para não ficar exposto a chuva ou sol. A cooperativa também no intuito de trabalho social firmou uma parceria com o sistema penitenciário o CDP, há sete meses e ajudam os detentos no processo de ressocialização e são ajudados. E Silvana ainda fala que sofre visto que ela sente um preconceito da sociedade por não valorizar o trabalho dos cooperados.

A segunda fonte é Eudesia Alves Soares, presidente da coopertan, que diz que o trabalho realizado não prejudica o meio ambiente, a presidente salientou que a cooperativa está nbem engajada nas mídias sócias, plataformas como instagram e facebook, e possui dois ônibus para transporte e comodidade dos cooperados, reforça ainda que contam com 3 caminhões que fazem toda a coleta do material reciclável de Tangará da Serra e possui o cronograma todos os dias para a coleta. Eudésia, também reforça da importância da separação dos materiais e faz um apelo a população para que separem o reciclável, tomem cuidado no separo de materiais cortantes, pois já ocorreram inúmeros acidentes com os cooperados, inclusive de cortes graves.

A presidente da coopertan, também reforça o contrato e convenio com a autarquia do SAMAE de Tangará da Serra, para separação do óleo reciclável, para que seja destinado o descarte de maneira correta, falou do projeto de confecção do sabão, e antes do projeto da coleta, o óleo ia para aterros sanitários ralos e pias, e hoje é destinado de maneira correta e contribuindo para não agressão do meio ambiente.

E ainda fez um adendo para que seja encaminhado o óleo saturado de maneira correta para a cooperativa, instruindo para que as pessoas coloquem o óleo em uma garrafa pet ou de amaciante amarre com uma sacola no externa e coloque no saco do recicla, para que não caia no saco ou prejudique os outros materiais.

A terceira fonte da matéria é o Senhor Asis Wébio Fernandes, morador pioneiro de Tangará da Serra, tecnólogo em marketing e radialista, sua descrição segundo essa que escreve é um homem moreno de idade mediana, aparenta mais que 30 e menos que 60 anos, calvo, de pele morena e olhos castanhos escuros, ele diz que na casa dele é lei, rigorosamente sua mãe e ele faz a coleta e separação de todo o material reciclável de sua residência, Asis afirma que a cooperativa é uma iniciativa muito boa, visto que as pessoas que trabalham lá, conseguiram conquistar suas coisas, aparelho dentário, um veículo ou motos, e outros investem até em sua casa própria e isso é bacana.

Asis relembra a história da cooperativa, que o sonhou iniciou com o finado Edinho, o José Pereira filho e o professor Santos Guareci que foram primordiais com parceria com o banco do Brasil para conseguir o primeiro caminhão da coopertan e que ele fez parte desse momento e acha muito bacana e também como radialista atualmente acompanhou de perto a escolha do nome do mascote da cooperativa, esteve presente e até produziu um matéria sobre, e julga muito importante e exalta o trabalho da cooperativa.

Para saber mais sobre a coopertan, cooperativa de material reciclável de Tangará da Serra , você pode acessar o Facebook: Recicla Coopertan, ou Instagram: @reciclatga. A Coopertan fica localizada na Avenida das Américas, 372 S, no bairro Jardim Alto Boa Vista, em Tangará da Serra, e também no telefone 65 3326-7346.

 

Ingrid Poliana Magalhães é acadêmica de Jornalismo da Unemat tangaraense.

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